por Fernanda Dorta para o Ficoo Floripa.
Fotos: Rafael Britto.
As redes que o Instituto Nhandecy participa como Gaia Education, Dragon Dreaming, CNV, entre outros, estiveram no Ficoo 2017 compartilhando experiências que também praticamos aqui em nosso coletivo.
Quatro dias de muita parceria, aprendizados e compartilhamentos de experiências diversas. Assim foi o Festival Internacional da Cooperação FICOO Floripa que aconteceu de 20 a 23 de abril, no Centro de Desportos da UFSC e recebeu nomes como Monja Coen, Edgard Gouveia, Terry Orlick, Lala Deheinzelin, Cláudio Thebas, Os Caçadores de Bons Exemplos e tantos outros profissionais renomados no Brasil e no mundo. Ao final do evento, um grande compromisso foi firmado: a rede FICOO vai cooperar com as comunidades do entorno do Vale do Rio Doce, em julho deste ano.
“Não existimos sozinhos. Precisamos de encontros como o FICOO para nos lembrar de que a cooperação é a verdadeira realidade e não uma alternativa”, diz a missionária do Zen Budismo no Brasil, Monja Coen, durante a abertura do evento, dando o tom do que os presentes encontrariam pelos próximos dias de Festival, que contou com cerca de 500 pessoas e teve como objetivo promover interação, comunicação e trocas de experiências entre estas redes e organizações dedicadas ao desenvolvimento humano por meio de projetos e ações pacíficas.
O FICOO é um encontro que acontece a cada 18 meses, em diferentes regiões do país a cada edição. A ação faz parte do Projeto Cooperação em parceria com outras instituições.
Um dos principais momentos esperados no festival foi a Conferência com o Pioneiro de Jogos Cooperativos, Terry Orlick. O canadense contou suas ricas vivências sobre como focar e desenvolver habilidades positivas para ser e estar no mundo. “Se você estiver aberto para as oportunidades, elas se abrirão pra você”, afirmou durante Conferência.
O Poder da parceria está em criar empatia e abrir-se para o mundo de maneira positiva.
Além de temas como Jogos Cooperativos, aconteceram rodas de conversação como a do educador português José Pacheco (Escola da Ponte) sobre os desafios da (Des) Educação no século XXI.
O encontro contou também com mais de 20 oficinas, 18 laboratórios de convivências, outras rodas de conversa, painéis, feira de serviços e produtos com o intuito de potencializar experiências e estimular a convivência e o “trabalhar juntos” para o bem comum.
Ações no Vale do Rio Doce
A partir das parcerias firmadas durante o FICOO Floripa nasceram 16 iniciativas para a rede de parceiros contribuir com o vale do Rio Doce em julho deste ano. “Estamos saindo daqui com uma agenda concreta de ações colaborativas para servir uma comunidade que está aberta para receber nossos projetos”, comenta Fábio Brotto, um dos focalizadores gerais do festival. O verdadeiro poder da parceria, segundo ele, está em desenvolver nossa capacidade de Amar e de colocar esse valor humano em ação para lidar com as diferenças e com as situações de maneira que possa beneficiar todo mundo sem exceção, ressaltou.
Outro mundo é realmente possível
Para o paulista e voluntário do evento Gabriel Kolisch a oficina de Sociocracia ampliou sua percepção sobre modelos de autogestão. “Vejo muito potencial de transformação social nas estruturas cooperativas cujo foco está nas pessoas. O Ficoo pra mim foi um momento de ampliar o conhecimento para construir outra realidade por meio das relações humanas.”
Sustentabilidade e outras modelos de organização
Fernando Ribeiro de Itajaí ficou sabendo do evento através da sua esposa que faz pós-graduação em pedagogia da cooperação. “Participei da oficina sobre Ecovilas e Sustentabilidade. Percebi que existem muitas saídas para viver em comunidade e a ecovila é uma delas. Conheci experiências práticas de comunidades em todo mundo e percebi como é possível viver do modo que achava que era apenas uma utopia”, compartilha.
Saiba mais sobre o festival: www.ficoo.org
Confira alguns dos melhores momentos em #ficoofloripa