por Thays Petters

Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre gerenciamento de projetos. O curso de introdução ao Dragon Dreaming vai além de qualquer expectativa no que diz respeito ao processo de criação e execução. Isso porque ele foge do ego da liderança e trabalha com o sonho das pessoas.

Pela primeira vez, ele foi ministrado em Foz do Iguaçu para uma turma de 22 pessoas. Foram três dias intensivos de produção (9, 10 e 11 de outubro), e como relatam os participantes, foram dias de transformação pessoal e profissional.

“Quando me inscrevi, estava um pouco em dúvida porque não sabia o que esperar do curso, mas hoje eu posso dizer que ele é transformador. Dentro de mim está havendo uma transformação e estou empolgada para passar isso aos meus colegas de trabalho”, disse a Relações Públicas da Itaipu Binacional, Ligia Leite.

“O curso é realmente espetacular”, afirmou a diretora administrativa do Foztrans, Lucimara Zenatti. Para ela, os novos conceitos abordados ao longo do processo devem ajudar na mudança do serviço público. “Sou servidora de carreira há 17 anos, e a forma como as pessoas enxergam o serviço público é muito ruim. O Dragon Dreaming me trouxe novos conceitos e me fez enxergar as coisas de uma forma diferente e ampla. Já elaborei estratégias para replicar estes conhecimentos no meu ambiente de trabalho. O que eu vivi aqui vai ter um efeito enorme, e diretamente na gestão pública”, detalhou.

Fisioterapeuta e sócia proprietária do Espaço NatuAngá, Katiana Johann garante que o curso veio como uma “luva” para os sonhos dela e da sócia, Alana Hauptt. “O curso nos mostrou que estávamos indo pelo caminho certo, mas a gente não sabia como fazer e agora aprendemos, trabalhando muito a questão colaborativa. Ele veio como uma luz, sobre como colocar a nossa proposta em prática”.

O que é?

Dentro da metodologia do Dragon Dreaming, projetos bem-sucedidos passam por quatro fases: sonhar, planejar, realizar e celebrar. Diferente das formas mais tradicionais de elaborar projeto, que são focadas em planejamento e execução, o Dragon Dreaming insere a construção de um sonhar coletivo como uma etapa importante. “O aprendizado passa pelo princípio do autodesenvolvimento. Realizar um projeto não é só realizar uma tarefa. É estar junto e construir uma relação, diferente de só ter uma meta. O Dragon Dreaming privilegia o sonho das pessoas, seja ele a dimensão que for”, explicou uma das facilitadoras do curso, Edite Faganello.

O engajamento da equipe e a manutenção dos relacionamentos também são essenciais para o desenvolvimento de projetos, como explicou a facilitadora Camila Stahelim. “É um curso com alto poder de engajamento entre os envolvidos. Então o foco está nas relações do grupo, diferente dos métodos mais tradicionais. Trabalhamos vários processos onde as relações são a prioridade. Outra coisa é o lado intuitivo e menos racional, que estamos muito acostumados em gestão de projetos”.

Camila e Edite ministram o curso de introdução ao Dragon Dreaming há quatro anos e afirmam que todo o tipo de projeto, seja do poder público ou da iniciativa privada, pode ser desenvolvido a partir dessa metodologia.

“O Dragon Dreaming sai um pouco das tarefas e metas convencionais, e traz essa dimensão mais humana que normalmente não é considerada”, lembra Edite.

O curso, afirmam as instrutoras, são para sonhadores e esperançosos, para os otimistas e idealistas, filósofos e amantes da natureza. Para os buscadores espirituais que sonham em criar a consciência de conexão com toda a vida, que querem viver em cooperação e na responsabilidade por uma transformação saudável e pacífica.

Realização

O curso de introdução ao Dragon Dreaming foi uma realização da Adere (Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia) em parceria com a Itaipu Binacional. A prática aconteceu no clube Amambay, no Porto Meira, proporcionando aos participantes um contato direto com a natureza, o que contribuiu ainda mais com o aprendizado. Devido ao grande sucesso da primeira edição, a Adere já estuda a promoção de um segundo evento para o próximo ano.

Fonte: Gazeta Diário Foz do Iguaçu